Ginecologia - Diário de Câncer de Colo de Útero

Você conhece a frequência de câncer de colo de útero entre nós mulheres?

Eu vivo de olho nesses números e sei que esse é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as brasileiras. Como ele é causado quase que exclusivamente pelo vírus HPV, que se espalha através de relações sexuais, a ferramenta mais poderosa que temos para a prevenção é a vacinação. Mas enquanto a cobertura vacinal não dá conta de acabar com a doença, as rotinas de prevenção ainda são fundamentais no seu combate.


Por isso, escrevi aqui, em forma de um minidiário, a nossa luta diária para diagnosticar e tratar essa doença. Segue junto comigo.


  • Dia 1:
    Sabe aquele exame que a mulher que já iniciou a vida sexual precisa fazer regularmente? Quem aí arriscou o exame papanicolau, acertou. A idade de início para essa investigação pode variar de acordo com os protocolos utilizados, com a orientação sexual e até de um país para outro, mas é fato que é um exame importantíssimo para a prevenção desse tipo de tumor. Também conhecido como citologia oncológica, o papanicolau é colhido no colo do útero com ajuda de um espéculo, de uma espátula e escova. O material coletado é colocado em uma lâmina e avaliado sob as lentes de aumento do microscópio e pelo patologista. Nessa etapa, podem ou não ser observadas células diferentes (atípicas), investigados os graus e a quantidade dessa atipia. Em seguida, de acordo com a nomenclatura Bethesda, o resultado é descrito pelo patologista de forma padronizada e interpretada por nós, ginecologistas.
  • Dia 2:
    Nós, ginecologistas, assim como vocês, aguardamos ansiosos os resultados de cada papanicolau e sempre torcemos por resultados sem alterações, mas nem sempre isso acontece. Quando há presença de uma grande quantidade de células atípicas (displasias), precisamos seguir com a investigação, como em qualquer exame de rastreamento. Por exemplo, quando temos uma mamografia suspeita, para confirmar o diagnóstico, realizamos biópsia. Aqui, nesse caso, fazemos um exame chamado colposcopia, que permite localizar e biopsiar a área com alteração. De novo a biópsia é avaliada pelo patologista que, dessa vez, com um pedaço de tecido maior, consegue classificar a lesão de maneira mais assertiva, estabelecendo o grau de acometimento do tecido do colo do útero.
  • Dia 3:
    Enfim, chega o resultado da biópsia em nossas mãos e podemos definir o tratamento. Se as displasias são de baixo grau, geralmente apenas acompanhamos, já que na maioria dos casos acontece uma evolução benigna espontânea. Já para as lesões de alto grau o tratamento mais utilizado, hoje é a cirurgia de alta frequência (CAF), um procedimento rápido e seguro que pode ser realizado ambulatorialmente e nos ajuda a: 1. Confirmar o diagnóstico de displasia de alto grau; 2. Excluir a presença de lesões já invasoras – o câncer de colo uterino; 3. Tratar a displasia através de uma alça que possibilita a retirada de uma lâmina fina de tecido, preservando o local no caso de mulheres que desejam engravidar após a cirurgia. Casos simples ou complexos podem ser resolvidos quando prestamos atenção e cuidamos do nosso corpo.

Se esse minidiário te ajudou a entender melhor essa doença e ligou o botãozinho da atenção aí em você, me conta aqui.


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